Risco energético no ES

A possibilidade de ocorrer oscilação de carga e prejuízos para a indústria capixaba é real

No último post, falamos sobre a corrida protagonizada pelas empresas energéticas do Sudeste e Centro-Oeste em busca da energia produzida pelas usinas de cana. E como pano de fundo dessa notícia, está o risco de haver um novo período de racionamento no País, como o ocorrido em 2001.

Hoje, vamos regionalizar essa discussão e trazer o debate para dentro do Espírito Santo. O que será que aconteceria com nosso estado caso o Brasil embarcasse de vez em uma crise energética? Mas para responder a essa pergunta, precisamos analisar alguns pontos.

O ES não possui hidroelétricas, tão pouco fontes alternativas de produção de energia. Além disso, nos últimos anos estamos recebendo grandes investimentos industriais: o mercado de Petróleo e Gás está aquecido, a indústria moveleira em desenvolvimento, o Polo de Linhares cada vez mais demanda energia e, recentemente, uma montadora de automóveis anunciou que vai se instalar aqui em breve.

Tudo isso nos faz pensar nos riscos que esses empreendimentos passam a sofrer com o fato de o ES não ter uma garantia de abastecimento, já que não é gerador. Afinal, com o sistema nos níveis críticos como está, a possibilidade de ocorrer oscilação de carga e prejuízos para a indústria é real. O que seria extremamente negativo para o Estado, que já viu o setor retrair 4,3% entre janeiro e fevereiro deste ano, como divulgou o IBGE esta semana.

Está na hora de pensarmos em maneiras de incluir o ES no hall dos produtores de energia do País. E potencialidade para isso nós temos.