Especial: Café em Alta
Série de quatro posts vai explicar a mudança abrupta do mercado cafeeiro: dos baixos preços no final de 2013 para preços recordes este ano
A partir de hoje publicaremos quatro posts especiais sobre a alta do café. A ideia é explicar o porquê dessa elevação de preço tão intensa dos últimos dias e as perspectivas para o futuro dessa cultura, no país e no mundo.
Herança
Para começar a série, vamos falar sobre os efeitos dos baixos preços de 2013, que foram herdados pelo café Arábica e tiveram reflexo este ano. Isso porque no ano passado a produção foi maior do que o esperado. Além disso, o custeio foi maior do que o preço de venda, o que obrigou os cafeicultores a estocarem menos e a vender mais.
Resultado: os produtores empobreceram. Com isso, não conseguiram honrar seus pagamentos bancários e renovar suas linhas de crédito. Fato esse que comprometeu o processo de adubação do novo ciclo, que deveria ter acontecido em novembro e dezembro.
Diante desse quadro, criou-se a expectativa: será que os cafezais vão aguentar uma safra sem adubo suficiente, oferecendo produtos de qualidade? Muitos especialistas acreditavam que os pés de café estavam fortes, sadios, e que isso não traria grandes consequências.
Contudo, a partir de fevereiro, esse quadro começou a mudar. Mas, sobre esse assunto, falaremos no próximo post.
Foto: Andrea Dea