Seca eleva preço do café

Chuvas do final de 2013 favoreceram produtores capixabas

Como já falamos aqui, a falta de chuva tem prejudicado algumas culturas no Brasil. E umas delas é o café. Os produtores do sul de Minas Gerais, por exemplo, perderam várias mudas plantadas no fim do ano passado: muitas secaram e as que conseguiram sobreviver vão sofrer um atraso no desenvolvimento. E isso, possivelmente refletirá no preço da saca.

No entanto, aqui no ES, os produtores estão sofrendo menos com a estiagem. O motivo: a maior parte da lavoura é irrigada e as fortes chuvas do final de 2013 acabaram por encher as represas e também fortalecer o leito dos rios e córregos, usados como captação de água.

Outro fator que soma a favor dos capixabas é o fato de que o forte da produção local é a cultura de conilon, a qual se aproxima do período de colheita. Já no início de março os cafés clonais prematuros já começam a ser colhidos e logo em seguida, em abril começa a safra regular. Ou seja, o café agora depende menos de água, pois já se formou e granou.

Mas é impossível negar que a seca nas outras regiões reflete nos preços. O conilon está vivendo picos de altas nos últimos dias, ficando estável na casa de R$ 225/230 por saca, o que é um bom preço.